Ctrl+C, Ctrl+V: Carta Capital, n. 660

Há algum tempo penso em materializar uma idéia (nada original) no Dissencialistas. Apesar de tê-la postergado por algumas semanas, uma matéria publicada pela Carta Capital motivou-me a colocar o plano em prática. Segue a explicação.

As postagens intituladas Ctrl+C, Ctrl+V terão por objetivo compartilhar trechos de revistas, artigos e livros, arbitrariamente selecionados por este autor que vos escreve. Diante da sociedade de informação, a filtragem de notícias e material científico é proposta das mais interessantes.

Passemos ao que interessa. O primeiro trecho de destaque fora extraído da “Carta Capital”, n. 660, de 24 de agosto. A reportagem recebe o título de “Maioria absoluta. A classe C será o grupo majoritário nas eleições de 2014 e não aceitará facilmente retrocessos políticos ou econômicos” e é de autoria de Renato Meirelles.

Com renda total estimada em quase 1 trilhão de reais, para 2014, os 58,3% dos brasileiros que formarão a nova classe média definirão as diretrizes tanto das ações governamentais quanto das estratégias competitivas das empresas.

(PS. O site da revista não disponibilizou a matéria na íntegra).

Elucido a razão pela qual optei por inaugurar Ctrl+C, Ctrl+V com a passagem acima transcrita. Como aprendiz de pesquisador, ainda na segunda Iniciação Científica CNPq na área de Direito Público, infiro desta recente ascensão econômica, social, política e cultural (não necessariamente nesta ordem) de parcela significativa da sociedade e até pouco tempo jamais imaginada, o primeiro passo para a efetivação dos direitos fundamentais. Que os críticos-céticos dos direitos fundamentais me perdoem, mas a inevitável concretização desta modalidade especial de direitos passa pela indispensável educação coletiva.

Até a próxima,
Stanley Marques.

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11 pensamentos sobre “Ctrl+C, Ctrl+V: Carta Capital, n. 660

  1. Panmella Tolentino disse:

    “(…) infiro desta recente ascensão econômica, social, política e cultural (não necessariamente nesta ordem) de parcela significativa da sociedade e até pouco tempo jamais imaginada, o primeiro passo para a efetivação dos direitos fundamentais.” – comentário de um brilhantismo típico que lhe é inerente. Observo, humildemente, que diante da história político-cultural brasileira a difusão e a discussão da efetivação dos direitos fundamentais, neste caso, por este blog já representa um grande avanço. Ainda que eu radicalmente discorde daqueles que acreditam na “inefetivação” dos direitos fundamentais ou na farsa deles, tomo a liberdade de me apropriar da seguinte oração “toda unanimidade é (sempre) burra.”; pois para se contrapor é necessário ter conhecimento e consciência crítica, o que gera discussão, que leva a crescimento que gera mais conhecimento…. bom vou parar por aqui para não fugir do tema =D
    Registro mais uma vez a minha admiração e respeito pelo autor do post. (Aguardo ansiosamente o próximo ctrl+c ctrl+v).

    • Panmella, tenho de lhe confessar que a cada postagem (nem sempre fácil) alimento uma ansiedade danada pelos seus acertados comentários. Não há palavras suficientes para expressar a alegria em poder trilhar o meu caminho com a sua insubstituível existência (no mais amplo sentido deste vocábulo). Obrigado! O MP me aguarda, bem como a metade de sua primeira remuneração! kkkkkkkkkk “Pacta sunt servanda”! Bjão, Stanley.

  2. iracema vasconcellos disse:

    “Que os críticos-céticos dos direitos fundamentais me perdoem, mas a inevitável concretização desta modalidade especial de direitos passa pela indispensável educação coletiva.” Uso o Ctrl+C / Ctrl+V para aumentar o número de vozes que concordam com você Stanley!
    Beijo
    Iracema

  3. Túlio disse:

    Antes de mais nada tenho que parabenizá-lo pela iniciativa de criar um ambiente que fomente debates importantes como os que estão sendo realizados aqui. Agora abordando o post em si, diria que me chamou atenção 2 trechos em particular, um que já foi transcrito no comentário da Panmella Tolentino que como ela mesma mencionou retrata bem a lucidez com que você enxerga a temática, o que é importantíssimo. O outro trecho é “os 58,3% dos brasileiros que formarão a nova classe média definirão as diretrizes tanto das ações governamentais quanto das estratégias competitivas das empresas.” Em que pese o otimismo do autor da matéria Renato Meirelles (e o meu consequente pessimismo) me pergunto até que ponto essa “nova classe média” que ascendeu socialmente e representa uma considerável parcela da sociedade conseguirá definir diretrizes, principalmente tomando por base a cultura do brasileiro (aí já me lembro do homem cordial do Sérgio Buarque de Hollanda). Por fim, gostaria de manifestar minha concordância com os comentários acerca dos direitos fundamentais que foram feitos antes de mim.

    Abraços,

    Túlio

    • Stanley disse:

      Túlio, obrigado pelo seu acesso! Eu sou otimista! Acho que esse sentimento me faz permanecer no Direito. Se pensarmos no passado recente, ditadura militar, promulgação da CF/88 e edição de leis como a 9.784, tudo indica que estamos no caminho certo. Nossa democracia é uma criança carente de proteção. Cabe a cada um de nós tutelá-la. Grande abraço, Stanley.

  4. Luiz Fernando disse:

    Irei endossar a corrente que pretende demonstrar o equívoco (em minha modesta e ignorante opinião) da “teoria contrária aos direitos fundamentais”, afirmando o quão é importante, no mundo contemporâneo, a efetivação dos Direitos Fundamentais. Este meu pensamento, recente, lhes confesso, decorre da influência que sofri do autor deste “post”.
    Crente de que o debate acerca deste tema irá se aprofundar, despeço-me cumprimentando os autores pelo excelente blog, fonte de reflexões.

    Luiz Fernando

    • Luiz Fernando, obrigado pelo comentário. Quão bom ter leitores de seu gabarito. Conto com suas visitas!
      Fico lisonjeado ao saber que, de alguma forma, pude influenciá-lo ao difundir a teoria dos direitos fundamentais, mais do que pesquisa, verdadeira paixão.
      Grande abraço, Stanley.

  5. […] post do meu amigo Stanley Ctrl+C, Ctrl+V: Carta Capital, n. 660 me ajudou a visualizar o modo pelo qual um princípio, muito lembrado quando tratamos de direitos […]

  6. Juliana Fernandes disse:

    Stanley,
    venho lhe cumprimentar tanto pela iniciativa de escrever quanto pela pertinência dos temas.
    Conheço-te há mais de uma década, e desde a infância há os burburinhos sobre sua inteligência e sagacidade. As vozes que falavam sobre seu brilhantismo não erravam.
    Vou ter que me lapidar muito para ser sua colega no gabinete ao lado, na promotoria.
    Parabéns pela iniciativa.

    Beijo,

    • É sempre bom receber elogios, ainda mais vindos de você! Quanto ao MP, ainda é um sonho! Tomara que consigamos concretizá-lo em breve.
      Temos muito o que aprender um com o outro! Esteja sempre por aqui! Bjão, Stanley.

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